- Então, o universo não é como no guia – a pergunta
inusitada veio de John, o mesmo estava sentado observando a capa do livro do
Guia do Mochileiro das Galáxias para as telas brilhantes da TARDIS para o
Doutor, o qual estava do outro lado do centro de comandos, tentando ajustar,
como ele se referia, a sua “máquina sexy”.
Os pés de John saíram calmamente do chão e
foram postos sobre os controles da TARDIS.
- Ela não gosta. – advertiu o Doutor.
Resmungou uma simples desculpa e rapidamente
retirou os pés e os pos na cadeira ao lado, para ele aquilo tudo ainda era um
sonho, o mesmo com um homem louco e um organismo vivo que tem o poder de se
mover pelo tempo e espaço. Riu consigo mesmo pela simples ideia de poder ter
tido um acidente e entrado em coma.
“Pessoas em coma sonham” concluiu suas
loucas ideias.
- Não é exatamente como, mas Douglas Adams
me conheceu e muitos aspectos são reais, como o peixe da Babilônia, não existe,
mas existe um tipo de mecanismo que a TARDIS utiliza para traduzir qualquer
língua alien para o tripulante dela.
“Não, nenhuma mente criaria um mundo desses”
veio outro pensamento, o mesmo parecia o fazer ficar, nunca deixar o Doutor.
- Conheceu Douglas Adams? – olhou para a
capa do livro e lembrou de sua introdução: “ Traz impressa na capa, em
letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.”, na capa se
encontravam as mesmas palavras. “Não entre em panico”, sorriu, qualquer um já o
teria feito.
- Sim, assim como Sir Arthur Conan Doyle,
Shakespeare, Einstein...
- É bizarro como você fala com uma
naturalidade.
- É? – levantou um pouco a cabeça da tela
que latejava uma cor azul no seu rosto e encarou John.
- Sim.
Voltou aos comandos básicos da nave,
enquanto John Smith levantava da cadeira e ia em direção ao outro.
Ainda em livro a mão disse:
- Me diga então, para onde vamos por que o
mais longe que cheguei foram os quartos, seu guarda-roupa e a piscina.
- A
piscina é legal – disse com um sorriso no rosto encarando a tela com os oculos
3D.
- Eu não nado.
- Ok.
Começou a bater com o pé na grade de metal,
era um barulho rítmico em um silêncio perturbador.
- A TARDIS está com uns probleminhas –
começou se explicando – em poucos minutos sairemos da sua órbita – terminou a
frase se referindo a órbita do planeta Terra.
- Foi o que você disse há uma hora .
- Seus pés não vão ajudar a ir mais rápido –
respondeu sarcasticamente.
John se virou olhando a sua volta, tentando
se ocupar, era uma imensidão. As cores indescritíveis Era um grande mundo em
uma pequena caixa.
- Nos menores frascos há os melhores
perfumes – disse para si mesmo.
- O que? – o Doutor se virou o olhando e
John fez o mesmo. Mas antes que qualquer palavra pudesse sair barulhos ensurdecedores e assustadores, quase como
alarmes seguidos de tremores consecutivos tomaram conta da TARDIS.
Tudo parecia a ponto de explodir.
As luzes pareciam ter se tornado vermelhas e
o rosto de ambos era apenas essa mesma cor. O Doutor se segurava nos controles
como sua vida enquanto o outro se viu sendo levado pelas sacudidelas, as frágeis
barreiras atrás do mesmo não o pareceram deter e logo se viu caindo um nível abaixo da nave e com um grito, seus olhos se fecharam e o escuro tomou vez.
- John? – uma voz distante parecia vir do
escuro – John? – veio novamente, esteja longe e junto podia sentir uma leve
pontada na parte posterior inferior da cabeça – John?
Se lembrando do ocorrido e logo da dor nas
costas e em todo o resto disse:
- Calma, eu estou bem. – abriu um de seus
olhos, parecia claro demais e frio, também e os fios da máquina estavam
enrolados sobre seu corpo.
- Você caiu feio. – o Doutor disse sem
aqueles óculos, mostrando apenas os grandes olhos castanhos.
- Sério, Doutor? Nem percebi. Seu poder de
dedução é incrivelmente extraterrestre – ele riu e ao mesmo tempo parou sentindo
uma pequena dor na costela.
- Você é sempre tão arrogante?
- Quando a minha cabeça está quase explodindo...
Sim. – tentou levantar ao dizer estas palavras – Me ajude, por favor.
O outro se levantou e agarrou a mão de John,
o último parecia a ponto de desmaiar.
- Então, onde estamos? Conseguiu
consertar... – o mesmo ao tentar completar a frase sentiu uma pontada na
cabeça, fechou os olhos e esperou um pouco. Sentiu os braços do Doutor o
segurar antes de caísse e o erguer e quando parecia que a gravidade não era sua
inimiga, o alien começou a vasculhar abaixo de seu espesso cabelo negro.
- Vai ficar bem.
- Você não é médico.
- Mas eu poderia ser. Agora, ponha um casaco
que estamos em um lugar frio, por assim dizer.
- Sério? Eu estou acabado, não quero.
- Por que você tem uma necessidade de
perguntar se tudo é sério? Ande... – o Doutor deu uns dois passos em direção a
escada e ao ver que o outro não o seguia puxou sua mão e gritou – Allons-y,
Alonzo!
- Meu nome não é Alonzo. É John. Foi você
que bateu a cabeça.
Ao dizer aquela simples frase sentiu seu
corpo ser puxado e com um simples resmungo de “Eu sei” como resposta já se via
sentado na mesma cadeira de antes, só que desta vez a tela da TARDIS dessa vez
mostrava um cenário branco, deduziu ser o que os esperava e ao olhar para os
lados via que o outro em segundos já parecia sumir de onde estava.
Estava entusiasmado, dava para ver, fazia
corridinhas entre os controles e logo desaparecia, da quarta vez ao
desaparecer, voltou com um casaco de couro e jogando-o sobre John, disse:
- Vista-o. – o outro assentiu e o viu
novamente desaparecer.
Voltou sua atenção a tela, a mesma começou a
chiar e rapidamente um vulto negro se materializou.
- Dout... – ele parou em meio a frase, o
vulto negro parou em frente a câmera e começava a tomar forma, parecia humanoide Um frio lhe percorreu a espinha, de medo e excitação – Dout...! – a palavra
parecia engasgada até que percebeu que o vulto era o próprio Doutor. O mesmo
deu um breve aceno e fez um gesto de o chamando para fora.
“Babaca” pensou, rindo.
Olhou para trás e a neve parecia invadir a
nave com seus ventos frios. “Planeta alien. Que legal” quis gritar o que
passava em sua mente, mas não queria parecer idiota. Se levantou da cadeira
sentindo uma nova pontada nas costelas, mas pôs o seu corpo a se mover.
Foi andando calmamente a porta escancarada,
metálica de um lado e de madeira do outro.
- Doutor? – chamou pela primeira vez –
Doutor? – repetiu o nome sentindo um vento frio em sua face seguido do mesmo
vulto negro anterior pulando a sua frente gritando “Oi”.
- Saia daí. – ele estava praticamente
dançando em meio a neve.
- Você é problemático.
- E você humano.
Tentou ignorar e continuou:
- Então, o nome do planeta? Me diga antes de
eu dar o meu primeiro passo com meu all-star na neve extraterreste.
- Terra.
- Terra? – o nome era quase um balde de água
fria e logo deu os primeiros passos atravessando as grandes portas e sentiu o
ar e todo o resto e ele não sabia o por que, mas sentia que era totalmente
humano o que se encontrava naquele lugar.
- Sim. – ele deu uma longa pausa – É que eu
não consegui sair da órbita e caímos novamente, mas em um local diferente –
John queria gritar, mas sabia que nãoa adiantaria, aquela era a confirmação de
que a TARDIS era um organismo com vida e opinião de viagem. – Mas estamos a
séculos no futuro e se olhar bem... – sua pausa dramática foi sucedida de um passo
ao lado, se aproximando de John – Você pode ver uma base humana barra alienígena.
- Doutor...
- O que? – ele virou o rosto da imensa base
de cor bege não muito longe deles e o encarou.
- Neve, frio de morrer, provavelmente no
Ártico, certo?
- Sim.
- Por que não... Londres, talvez?
- A...
- TARDIS, eu sei. A sua maquina sexy tem uma
opinião forte, entendi. – olhou o vasto branco e encarou por alguns segundos a
construção ao longe. – Vamos – e começou a viagem sobre a neve branca, não
alien, mas futura.
Espero que gostem, qualquer coisa que odiaram, apenas digam, ok? kkk
~Rory
como maquina sexy se o doutor ainda era o Tennant?
ResponderExcluire ele nao se espanto com o Allons-y Alonzo
na resposta dele era como se ele soubesse o que significava a palavra
Ok, sorry. Sobre o "máquina sexy", eu apenas achei que seria legal por, pois para mim a TARDIS sempre foi algo importante pro Doutor a ponto dele chamá-la de maquina sexy em qualquer reencarnação. E sobre Allons-y Alonzo, eu pus a resposta dele como "Meu nome não é Alonzo", pois "Allons-y" é "Vamos" em francês, então o John já teria percebido, essa parte eu iria explicar depois. Desculpa o transtorno. :s
Excluir