Páginas

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fanfic 2: 2°parte.Frio

    - Então, o universo não é como no guia – a pergunta inusitada veio de John, o mesmo estava sentado observando a capa do livro do Guia do Mochileiro das Galáxias para as telas brilhantes da TARDIS para o Doutor, o qual estava do outro lado do centro de comandos, tentando ajustar, como ele se referia, a sua “máquina sexy”.
   Os pés de John saíram calmamente do chão e foram postos sobre os controles da TARDIS.
   - Ela não gosta. – advertiu o Doutor.
   Resmungou uma simples desculpa e rapidamente retirou os pés e os pos na cadeira ao lado, para ele aquilo tudo ainda era um sonho, o mesmo com um homem louco e um organismo vivo que tem o poder de se mover pelo tempo e espaço. Riu consigo mesmo pela simples ideia de poder ter tido um acidente e entrado em coma.
   “Pessoas em coma sonham” concluiu suas loucas ideias.
   - Não é exatamente como, mas Douglas Adams me conheceu e muitos aspectos são reais, como o peixe da Babilônia, não existe, mas existe um tipo de mecanismo que a TARDIS utiliza para traduzir qualquer língua alien para o tripulante dela.
   “Não, nenhuma mente criaria um mundo desses” veio outro pensamento, o mesmo parecia o fazer ficar, nunca deixar o Doutor.
   - Conheceu Douglas Adams? – olhou para a capa do livro e lembrou de sua introdução: “ Traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.”, na capa se encontravam as mesmas palavras. “Não entre em panico”, sorriu, qualquer um já o teria feito.
   - Sim, assim como Sir Arthur Conan Doyle, Shakespeare, Einstein...
   - É bizarro como você fala com uma naturalidade.
   - É? – levantou um pouco a cabeça da tela que latejava uma cor azul no seu rosto e encarou John.
   - Sim.
   Voltou aos comandos básicos da nave, enquanto John Smith levantava da cadeira e ia em direção ao outro.
   Ainda em livro a mão disse:
   - Me diga então, para onde vamos por que o mais longe que cheguei foram os quartos, seu guarda-roupa e a piscina.
   - A piscina é legal – disse com um sorriso no rosto encarando a tela com os oculos 3D.
   - Eu não nado.
   - Ok.
   Começou a bater com o pé na grade de metal, era um barulho rítmico em um silêncio perturbador.
   - A TARDIS está com uns probleminhas – começou se explicando – em poucos minutos sairemos da sua órbita – terminou a frase se referindo a órbita do planeta Terra.
   - Foi o que você disse há uma hora .
   - Seus pés não vão ajudar a ir mais rápido – respondeu sarcasticamente.
   John se virou olhando a sua volta, tentando se ocupar, era uma imensidão. As cores indescritíveis  Era um grande mundo em uma pequena caixa.
   - Nos menores frascos há os melhores perfumes – disse para si mesmo.
   - O que? – o Doutor se virou o olhando e John fez o mesmo. Mas antes que qualquer palavra pudesse sair barulhos ensurdecedores e assustadores, quase como  alarmes seguidos de tremores consecutivos tomaram conta da TARDIS.
   Tudo parecia a ponto de explodir.
   As luzes pareciam ter se tornado vermelhas e o rosto de ambos era apenas essa mesma cor. O Doutor se segurava nos controles como sua vida enquanto o outro se viu sendo levado pelas sacudidelas, as frágeis barreiras atrás do mesmo não o pareceram deter e logo se viu caindo um nível abaixo da nave e com um grito, seus olhos se fecharam e o escuro tomou vez.


   - John? – uma voz distante parecia vir do escuro – John? – veio novamente, esteja longe e junto podia sentir uma leve pontada na parte posterior inferior da cabeça – John?
   Se lembrando do ocorrido e logo da dor nas costas e em todo o resto disse:
   - Calma, eu estou bem. – abriu um de seus olhos, parecia claro demais e frio, também e os fios da máquina estavam enrolados sobre seu corpo.
   - Você caiu feio. – o Doutor disse sem aqueles óculos, mostrando apenas os grandes olhos castanhos.
   - Sério, Doutor? Nem percebi. Seu poder de dedução é incrivelmente extraterrestre – ele riu e ao mesmo tempo parou sentindo uma pequena dor na costela.
   - Você é sempre tão arrogante?
   - Quando a minha cabeça está quase explodindo... Sim. – tentou levantar ao dizer estas palavras – Me ajude, por favor.
   O outro se levantou e agarrou a mão de John, o último parecia a ponto de desmaiar.
   - Então, onde estamos? Conseguiu consertar... – o mesmo ao tentar completar a frase sentiu uma pontada na cabeça, fechou os olhos e esperou um pouco. Sentiu os braços do Doutor o segurar antes de caísse e o erguer e quando parecia que a gravidade não era sua inimiga, o alien começou a vasculhar abaixo de seu espesso cabelo negro.
   - Vai ficar bem.
   - Você não é médico.
   - Mas eu poderia ser. Agora, ponha um casaco que estamos em um lugar frio, por assim dizer.
   - Sério? Eu estou acabado, não quero.
   - Por que você tem uma necessidade de perguntar se tudo é sério? Ande... – o Doutor deu uns dois passos em direção a escada e ao ver que o outro não o seguia puxou sua mão e gritou – Allons-y, Alonzo!
   - Meu nome não é Alonzo. É John. Foi você que bateu a cabeça.
   Ao dizer aquela simples frase sentiu seu corpo ser puxado e com um simples resmungo de “Eu sei” como resposta já se via sentado na mesma cadeira de antes, só que desta vez a tela da TARDIS dessa vez mostrava um cenário branco, deduziu ser o que os esperava e ao olhar para os lados via que o outro em segundos já parecia sumir de onde estava.
   Estava entusiasmado, dava para ver, fazia corridinhas entre os controles e logo desaparecia, da quarta vez ao desaparecer, voltou com um casaco de couro e jogando-o sobre John, disse:
   - Vista-o. – o outro assentiu e o viu novamente desaparecer.
   Voltou sua atenção a tela, a mesma começou a chiar e rapidamente um vulto negro se materializou.
   - Dout... – ele parou em meio a frase, o vulto negro parou em frente a câmera e começava a tomar forma, parecia humanoide  Um frio lhe percorreu a espinha, de medo e excitação – Dout...! – a palavra parecia engasgada até que percebeu que o vulto era o próprio Doutor. O mesmo deu um breve aceno e fez um gesto de o chamando para fora.
   “Babaca” pensou, rindo.
   Olhou para trás e a neve parecia invadir a nave com seus ventos frios. “Planeta alien. Que legal” quis gritar o que passava em sua mente, mas não queria parecer idiota. Se levantou da cadeira sentindo uma nova pontada nas costelas, mas pôs o seu corpo a se mover.
   Foi andando calmamente a porta escancarada, metálica de um lado e de madeira do outro.
   - Doutor? – chamou pela primeira vez – Doutor? – repetiu o nome sentindo um vento frio em sua face seguido do mesmo vulto negro anterior pulando a sua frente gritando “Oi”.
   - Saia daí. – ele estava praticamente dançando em meio a neve.
   - Você é problemático.
   - E você humano.
   Tentou ignorar e continuou:
   - Então, o nome do planeta? Me diga antes de eu dar o meu primeiro passo com meu all-star na neve extraterreste.
   - Terra.
   - Terra? – o nome era quase um balde de água fria e logo deu os primeiros passos atravessando as grandes portas e sentiu o ar e todo o resto e ele não sabia o por que, mas sentia que era totalmente humano o que se encontrava naquele lugar.
   - Sim. – ele deu uma longa pausa – É que eu não consegui sair da órbita e caímos novamente, mas em um local diferente – John queria gritar, mas sabia que nãoa adiantaria, aquela era a confirmação de que a TARDIS era um organismo com vida e opinião de viagem. – Mas estamos a séculos no futuro e se olhar bem... – sua pausa dramática foi sucedida de um passo ao lado, se aproximando de John – Você pode ver uma base humana barra alienígena.
   - Doutor...
   - O que? – ele virou o rosto da imensa base de cor bege não muito longe deles e o encarou.
   - Neve, frio de morrer, provavelmente no Ártico, certo?
   - Sim.
   - Por que não... Londres, talvez?
   - A...
   - TARDIS, eu sei. A sua maquina sexy tem uma opinião forte, entendi. – olhou o vasto branco e encarou por alguns segundos a construção ao longe. – Vamos – e começou a viagem sobre a neve branca, não alien, mas futura.

Espero que gostem, qualquer coisa que odiaram, apenas digam, ok? kkk
~Rory

   

2 comentários:

  1. como maquina sexy se o doutor ainda era o Tennant?
    e ele nao se espanto com o Allons-y Alonzo
    na resposta dele era como se ele soubesse o que significava a palavra

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ok, sorry. Sobre o "máquina sexy", eu apenas achei que seria legal por, pois para mim a TARDIS sempre foi algo importante pro Doutor a ponto dele chamá-la de maquina sexy em qualquer reencarnação. E sobre Allons-y Alonzo, eu pus a resposta dele como "Meu nome não é Alonzo", pois "Allons-y" é "Vamos" em francês, então o John já teria percebido, essa parte eu iria explicar depois. Desculpa o transtorno. :s

      Excluir